A COLAGEM UNIVERSAL E O GRAU ZERO DA REPRESENTAÇÃO

Autores

  • Jorge Luiz Borges Bezerra
  • Toyoko Suenaga

DOI:

https://doi.org/10.18817/pef.v16i1.5

Resumo

O atual estágio de desenvolvimento das tecnologias digitais midiáticas, como a rede mundial de computadores, de alguma forma tem favorecido o volume de produção e disponibilização da informação tanto quanto potencializado a comunicação e o contato telemático em escala mundial, fenômeno nunca antes observado (em que pese a “escrita”), constituindo, todavia, uma situação cultura ainda opaca, difusa e de complexa teorização. O paradigma da Modernidade passa por um momento de revisão de seus fundamentos epistemológicos e de suas utopias emancipatórias, ancoradas na utopia racionalizante sócio-cultural, tecno-cientificista do progresso material; a própria percepção do tempo e, portanto da própria História, herdado do Iluminismo (Aufklärung), enquanto desenvolvimento teleológica e linear de uma racionalidade instrumental de controle das forças naturais e da organização social, tem sido denunciado como logocêntrico, totalitário, incapaz e débil, portanto, de dar conta do paradoxal, incontido e aparentemente informulável e caótico cenário cultural pós-moderno: com uma certa indiferença cinismo, a arte (cuja morte vem sendo decretada desde final do século XIX) apresenta como dispositivo de aferição privilegiado da mais recente disfunção referencial: hibridização, citação aleatória de estilos históricos, virtualização de seu processo produtivo no ciberespaço, esse labirinto informacional a um só tempo misterioso e caótico de navegação a deriva. As identidades, individual e coletiva, de alguma forma se alcançam por esse cataclismo dinâmico de fluxo incontido dessa nova economia simbólica.

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Publicado

2008-11-27

Como Citar

Bezerra, J. L. B., & Suenaga, T. (2008). A COLAGEM UNIVERSAL E O GRAU ZERO DA REPRESENTAÇÃO. PESQUISA EM FOCO, 16(1). https://doi.org/10.18817/pef.v16i1.5

Edição

Seção

Artigos