RAIVA EM RUMINANTES DOMÉSTICOS NO MARANHÃO: UMA ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DE MÉDICOS VETERINÁRIOS OFICIAIS

Autores

  • Roberto Carlos Negreiros Arruda
  • Carla da Silva Goulart
  • Guilherme Henrique Figueiredo Marques
  • José Carlos Pereira de Souza
  • Pedro Paulo Silveira
  • Hamilton Pereira Santos
  • Sonivalde Santana Monte
  • Salim Jorge Waquim
  • José Orlando de Souza Martins
  • Hélio Cordeiro Manso Filho

DOI:

https://doi.org/10.18817/pesquisa%20em%20foco.v16i1.7

Resumo

Raiva é um problema de saúde pública no Estado do Maranhão, onde têm-se aproximadamente 7 milhões de ruminantes domésticos (bovinos, búfalos, ovinos e caprinos). Com o objetivo de verificar a situação da raiva em herbívoros e a percepção dos médicos veterinários do serviço de defesa estadual do Maranhão, sobre a doença realizou-se entrevistas semi-estruturadas. A análise dos resultados permitiu observar que o uso do receptor de GPS em foco de raiva foi utilizado por 67% dos entrevistados, 83% destes mostraram-se aptos a fazer coleta de material para diagnóstico diferencial entre as encefalites. Os sinais clínicos observados em visitas a 32 propriedades focos foram: agressividade, ataxia, ausência de reflexo pupilar, ausência de reflexo anal, cabeça pendida para lado, decúbito lateral, flacidez da língua, flacidez da cauda, febre, movimentos involuntários, movimentos de pedalagem, midríase, nistagmo, opistótono, paralisia dos membros pélvicos, paralisia dos membros torácicos, paresia dos membros pélvicos, paresia dos membros torácicos, psique alterado, tenesmo e sialorréia. Apesar de ter ocorrido óbitos durante todo o ano, houve concentração no período seco. Em propriedades com focos de raiva as taxas de mortalidade foram de 4,01% dos bovinos, 2,5% ovinos e 2,8% caprinos. Além do Desmodus rotundus, a raposa do nordeste Cerdocyon thous é um importante reservatório da raiva silvestre. Três espécies de morcegos hematófagos foram encontradas no estado do Maranhão: Diphylla ecaudata capturada nas áreas de matas bem preservadas, Diaemus youngi nas áreas de cerrados e D. Rotundus, comum em todo estado. Nesse trabalho, pôde-se concluir que os médicos veterinários oficiais foram capazes de fazer diagnóstico e entender melhor os aspectos epidemiológicos da enfermidade bem como utilizar receptores de GPS.

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Como Citar

Arruda, R. C. N., Goulart, C. da S., Marques, G. H. F., Souza, J. C. P. de, Silveira, P. P., Santos, H. P., Monte, S. S., Waquim, S. J., Martins, J. O. de S., & Manso Filho, H. C. (2008). RAIVA EM RUMINANTES DOMÉSTICOS NO MARANHÃO: UMA ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DE MÉDICOS VETERINÁRIOS OFICIAIS. PESQUISA EM FOCO, 16(1). https://doi.org/10.18817/pesquisa em foco.v16i1.7

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Artigos