ATIVIDADE ALIMENTAR DA COMUNIDADE ÍCTICA DO PARQUE NACIONAL DO CABO ORANGE, OIAPOQUE – AP, BRASIL

Autores

  • ADRIANI CRISTINA MONTEIRO SANTOS UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ
  • ADRIANI CRISTINA MONTEIRO SANTOS Universidade do Estado do Amapá

DOI:

https://doi.org/10.18817/repesca.v10i1.1290

Palavras-chave:

alimentação, ictiofauna, estuário amazônico

Resumo

O Parque Nacional do Cabo Orange é considerado uma das maiores áreas de preservação Integral do Brasil, possuindo grande diversidade de espécies aquáticas. Apesar do potencial do parque, poucos trabalhos foram realizados com intuito de descrever os hábitos alimentares da ictiofauna que ocorrem neste local. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi descrever a alimentação natural da comunidade íctica presente na reserva, visando ampliar o conhecimento sobre a ictiofauna e suas relações tróficas no ambiente. Foram realizadas 6 coletas no período de fevereiro de 2014 à outubro de 2015. As amostras foram obtidas em cinco pontos de coleta: Farol, Cunani, Ponta do Cabo, Cassiporé e Marrecal. Os estômagos foram analisados para verificar o índice de repleção estomacal através da escala: 1 - estômago vazio; 2 – estômago parcialmente vazio; 3 – e 4 – estômago com alimento. A constância de ocorrência foi determinada para identificar quais espécies foram residentes no ambiente. Os itens alimentares identificados por estômago foram analisados através do Grau de Preferência Alimentar. Foram amostrados 652 exemplares da ictioauna, pertencentes à 18 famílias e distribuídos em 32 espécies. Do total de espécies, apenas 4 foram consideradas residentes: bagre (S. couma); tacariuna (S. passany), robalo cinza (Centropomus sp.) e mandi bagre (P. blochii). Dos 652 estômagos analisados, 71,26% apresentavam-se nos índices 2, 3 e 4 com presença de alimento e apenas 28,74% sem alimentos. Os períodos de amostragem influenciaram significativamente na alimentação da ictiofauna (p<0,05). Não houve variações significativas da atividade alimentar em relação aos pontos (p>0,05). Os exemplares de S. couma apresentou preferencias por caranguejo, S. passany por peixes e P. blochii teve preferencias por sedimentos. Observa-se que a maioria das espécies que compõe o estudo possuem alto valor comercial ou ecológico, sendo essencial estratégias efetivas de gestão e conservação da reserva.

Biografia do Autor

ADRIANI CRISTINA MONTEIRO SANTOS, UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ

Acadêmica do curso de Engenharia de Pesca na Universidade do Estado do Amapá (UEAP), bolsista de iniciação cientifica, atuando em áreas voltadas para a Bioecologia Pesqueira.

ADRIANI CRISTINA MONTEIRO SANTOS, Universidade do Estado do Amapá

Acadêmica do curso de Engenharia de Pesca na Universidade do Estado do Amapá (UEAP), bolsista de iniciação cientifica, atuando em áreas voltadas para a Bioecologia Pesqueira

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Publicado

2017-06-12

Edição

Seção

Artigos