A ROMANTIZAÇÃO DA MATERNIDADE E SUA INFLUÊNCIA NA VIOLÊNCIA INFANTIL: UM BREVE ESTADO DA ARTE
DOI:
https://doi.org/10.18817/pef.v27i1.2949Resumo
O presente artigo é resultado de discussões originadas da ação de extensão denominada “Grupo de Estudos Sexualidade, Interseccionalidades e Diversidade Sexual”, do Laboratório Educação e Sexualidade – LabEduSex da Universidade do Estado de Santa Catarina, considerando a indissociabilidade entre o Ensino, a Pesquisa e a Extensão. A partir da leitura da obra “O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras”, de autoria da teórica feminista, artista e ativista social estadunidense, Bell Hooks, surgiram algumas problematizações referente à maternagem. Com isso, a fim de compreender de que maneira a romantização da maternidade contribui na violência contra a criança, realizou-se um breve estudo de caráter bibliográfico ou estado da arte, para uma compreensão inicial de como a figura materna tem sido interpretada na sociedade brasileira e quais razões têm levado as mães a serem responsabilizadas na naturalização da violência doméstica infantil. Pode-se constatar, então, que a interseccionalidade interfere na responsabilidade parental exercida pela mãe, a qual, devido ao desamparo cultural, social, torna-se protagonista na violência contra a criança. Exercitamos, aqui, a indissociabilidade entre a Extensão e a Pesquisa.
Palavras-chave: gênero, interseccionalidade, maternidade, violência infantil.