MULHERES, PATRIARCADO E PRISÕES: UMA LEITURA FEMINISTA
DOI:
https://doi.org/10.18817/pef.v28i1.3301Resumo
Este ensaio tem o objetivo de problematizar o aprisionamento feminino, a partir de elementos advindos da teoria feminista, discutindo especialmente o conceito de patriarcado. Nessa perspectiva, buscamos problematizar a realidade atual historicizando os elementos fundantes do patriarcado, compreendendo-o como um alicerce em que as relações desiguais de gênero se constituem. Nossa escrita se inicia com a apresentação de alguns aspectos constitutivos do patriarcado, que se (re)afirma no discurso científico e religioso, concretizando-se na divisão sexual do trabalho e na subjugação das mulheres. Salientamos, nesta análise, a invisibilidade das mulheres em situação de prisão, não apenas no que se refere ao aprisionamento dos corpos, na privação de liberdade por delitos, mas também abordando aspectos mais amplos, que enfatizam as prisões cotidianas, a que são submetidas, nas vivências comunitárias fora da prisão. Dessa forma, consideramos que, para as mulheres em situação de encarceramento, a sociedade patriarcal tende a reforçar a exclusão a que estão submetidas todas as mulheres.
Palavras-chave: Feminismo, Mulheres em Situação de Prisão, Sociedade Patriarcal.