A IMAGEM ESCRITA

Autores

  • Maria Sílvia Antunes Furtado
  • Andrea Teresa Martins Lobato

DOI:

https://doi.org/10.18817/pef.v20i1.916

Resumo

O caminhão [1977], de Marguerite Duras mostra que o entendimento entre o motorista e a passageira que viaja de carona não existe; a construção dialógica que nos é apresentada prescinde de um sentido. Motorista e passageira falam a mesma língua, percorrem a mesma estrada e, no entanto, não há entendimento, embora conversem durante todo percurso. O motorista, aquele que dirige, não sabe o que transporta. A passageira nada sabe sobre si. Entre o que conduz e a que é conduzida abre-se uma linha tênue sobre a qual se estabelece um diálogo sem que o sentido encontre lugar. O que nos é mostrado em O caminhão não é o mesmo que se dá no processo da escrita? Há um autor e um narrador que estão juntos na “estrada das palavras”, mas se alheiam um ao outro no processo da escrita. Palavras-chave: escrita, filme, Marguerite Duras. ABSTRACT The Lorry [1977], by Marguerite Duras presents that the understanding between the lorry driver and the passenger who is ride does not exist; the dialogical construction that is shown does not make sense. The lorry driver and the woman who is driven speak the same language, travel by the same road, and however, there is no apprehension, although they talk to one another all the time. The lorry driver knows nothing about what he transport. The transported woman knows nothing about herself. Between one who transports and that one who is transported, a light line is opened and a dialogue is settled, but it does not make any sense Doesn’t The lorry shows us the same that occurs in the writing process? There is an author and a narrator who are together on the "road of words" but alienated each other in the writing process. Keywords: writing, film, Marguerite Duras.

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Como Citar

Antunes Furtado, M. S., & Martins Lobato, A. T. (2015). A IMAGEM ESCRITA. PESQUISA EM FOCO, 20(1). https://doi.org/10.18817/pef.v20i1.916

Edição

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Artigos