O ESPAÇO FICCIONAL NO CONTO “O POÇO E O PÊNDULO”, DE EDGAR ALLAN POE

Autores

  • Cristina Rothier Duarte UFPB
  • Jaine de Sousa Barbosa Mestranda em Literatura pelo PPGL UFPB

DOI:

https://doi.org/10.18817/rlj.v2i1.1571

Resumo

Nas narrativas literárias, o espaço ficcional constitui uma categoria analítica que apresenta uma grande importância, pois é por meio dele que se desenvolvem as ações que compõem o enredo. Na literatura fantástica, o espaço ganha uma importância ainda maior, de modo que os autores que se dedicam a esse gênero emprenham-se em trazer em minúcias de detalhes esse elemento, permitindo uma ambientação coerente aos efeitos que deseja provocar. O presente artigo, assim, tem como objetivo analisar como é construída categoria espaço no conto “O poço e o pêndulo”, de Edgar Alan Poe [1848]/(2008). A metodologia adotada foi a pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo-interpretativo. A partir da leitura do aporte teórico que trata do espaço ficcional, descrevemos e analisamos a construção dos espaços em que a narrativa se desenrola, bem como a influência que eles exercem nas personagens e na trama como um todo.

 

Biografia do Autor

Cristina Rothier Duarte, UFPB

Mestranda em Literatura pelo PPGL UFPB

Referências

BACHELARD, Gaston. A Poética do Espaço. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

BORGES FILHO, Ozíris. Espaço e literatura: introdução à topoanálise. Franca: Ribeirão gráfica e Editora, 2007.

CANDIDO, Antonio. Degradação do Espaço: estudo sobre a correlação funcional dos ambientes, das coisas e do comportamento em L’Assommoir. Revista de Letras, São Paulo, UNESP, v. XLVI, n. 1, p. 29-61, jan./jun. 2006.

FRANÇA, Júlio. “A alma encantadora das ruas” e “Dentro da noite”: João do Rio e o medo urbano na literatura brasileira. In: GRACÍA, Flávio; FRANÇA, Júlio; PINTO, Marcello de Oliveira (org). As arquiteturas do medo e o insólito ficcional. Rio de Janeiro: Editora Caetés, 2013. p. 66-78.

GAMA-KHALIL, Marisa Martins. As teorias do fantástico e a sua relação com a construção do espaço ficcional. In: GARCIA, Flávio; BATALHA, Maria Cristina. Vertentes teóricas e ficcionais do insólito. Rio de Janeiro: Editora Caetés, 2012, p. 30-38.

LINS, Osman. Lima Barreto e o espaço romanesco. São Paulo: Ática, 1976.

MENON, Maurício Cesar. Espaços do medo na literatura brasileira. In: GRACÍA, Flávio; FRANÇA, Júlio; PINTO, Marcello de Oliveira (org). As arquiteturas do medo e o insólito ficcional. Rio de Janeiro: Editora Caetés, 2013. p. 79-91.

OLIVEIRA, Bruno Silva de; GAMA-KHALIL, Marisa Martins. O espaço como elemento irradiador do medo na literatura sertanista de Afonso Arinos e Bernardo Guimarães. Revista Abusões, Rio de Janeiro, UERJ, v. II, n. 2, p. 127-153, jan./jun. 2016.

POE, Edgar Allan. Histórias extraordinárias. Tradução de José Paulo Paes. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

____. Filosofia da composição. Poemas e ensaios. Tradução de Oscar Mendes e Milton Amado. 3 ed. revista São Paulo: Globo, 1999.

SANTOS, Luis Alberto Brandão; OLIVEIRA, Silvana Pessôa de Oliveira. Sujeito, Tempo e Espaço ficcionais: introdução à teoria da literatura. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

TUAN, Yi-fu. Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. São Paulo: Difel, 1980.

_____. Paisagens do medo. São Paulo: Editora da UNESP, 2005.

Downloads

Publicado

2018-07-31

Como Citar

ROTHIER DUARTE, C.; DE SOUSA BARBOSA, J. O ESPAÇO FICCIONAL NO CONTO “O POÇO E O PÊNDULO”, DE EDGAR ALLAN POE. REVISTA DE LETRAS - JUÇARA, [S. l.], v. 2, n. 1, p. 244–262, 2018. DOI: 10.18817/rlj.v2i1.1571. Disponível em: https://ppg.revistas.uema.br/index.php/jucara/article/view/1571. Acesso em: 19 nov. 2024.