CRENÇAS E ATITUDES LINGUÍSTICAS: O QUE DIZEM OS MARANHENSES SOBRE SUA FALA
DOI:
https://doi.org/10.18817/rlj.v2i1.1610Resumo
O estudo das crenças e atitudes vem se destacando no cenário da Sociolinguística Variacionista, pois, por meio desses dados, podemos esclarecer fenômenos não explicáveis pelo contexto linguístico e social. Dentro desse conjunto, outro fator é de suma importância para a análise de fatos voltados para a linguagem: as atitudes valorativas que cada falante assume frente à sua fala. Por essas razões, optamos como objeto de estudo as crenças e atitudes dos falantes da cidade de Caxias-MA, com os objetivos de pesquisar as crenças e atitudes linguísticas dos falantes caxienses em relação a sua língua. O corpus do trabalho constitui-se de registros orais coletados, por meio de entrevistas face a face, e que faz parte do projeto Atitudes Linguísticas dos falantes do Maranhão (ALFMA), com os informantes estratificados por sexo, faixa etária e nível de escolaridade. Ao todo, analisamos 36 entrevistas, tendo como base teórica, entre outros, os trabalhos Labov (2008), Weinreich, Labov e Herzog (2006), Tarallo (1990), Lambert & Lambert (1975), Lambert (1967), Bagno (1999), Miranda (2014). Os resultados da pesquisa apontam para crenças e atitudes positivas em favor da língua falada por maranhenses e indicam os homens, a menor faixa etária e a menor escolaridade como as que avaliam que os maranhenses falam o melhor português.
PALAVRAS-CHAVE: Sociolinguística. Crenças e atitudes. Variação. Mudança.
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