A REPRESENTAÇÃO DO COMBATENTE NA FICÇÃO DE ANTÓNIO LOBO ANTUNES: FANTASMAS DE UM PORTUGAL ANTIÉPICO

Autores

  • Leonardo von Pfeil Rommel Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

DOI:

https://doi.org/10.18817/rlj.v2i2.1695

Resumo

Resumo

 O presente artigo analisa a representação antiépica do combatente português em três romances do escritor português António Lobo Antunes, sendo eles: Memória de elefante (1979), Os cus de Judas (1979) e Conhecimento do inferno (1980). A literatura portuguesa que tematiza a Guerra Colonial destaca-se por apresentar um discurso contrário ao modelo camoniano e ao seu discurso laudatório, buscando reinterpretar o sentido da história contemporânea de Portugal.  Para discutir o tema, usaram-se os teóricos Bakhtin (1998) e Anna Kalewska (2000).  Demonstrou-se, assim, que a ficção de Lobo Antunes constitui-se em um discurso antiépico, que causa uma ruptura na identidade e no imaginário coletivo nacional ao questionar, através da figura do combatente da Guerra Colonial, o discurso épico de fundação de toda a mitologia imperial lusitana, o que configura uma das suas marcas na história literária portuguesa.

 Palavras-chave: Antiépico; anti-herói; Guerra Colonial; identidade nacional; António Lobo Antunes

Biografia do Autor

Leonardo von Pfeil Rommel, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Licenciado em Letras Portguês pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

Mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

Doutorando em Estudos de Literatura pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

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Publicado

2018-12-27

Como Citar

VON PFEIL ROMMEL, L. A REPRESENTAÇÃO DO COMBATENTE NA FICÇÃO DE ANTÓNIO LOBO ANTUNES: FANTASMAS DE UM PORTUGAL ANTIÉPICO. REVISTA DE LETRAS - JUÇARA, [S. l.], v. 2, n. 2, p. 213–229, 2018. DOI: 10.18817/rlj.v2i2.1695. Disponível em: https://ppg.revistas.uema.br/index.php/jucara/article/view/1695. Acesso em: 12 nov. 2024.