REFLEXOS DO ENSINO DE GRAMÁTICA NORMATIVA EM DISCURSOS DE INTOLERÂNCIA NAS REDES SOCIAIS: Alguns tópicos de análise do discurso sob a perspectiva do círculo de Bakhtin
DOI:
https://doi.org/10.18817/rlj.v2i2.1754Resumo
Definir “língua” é tarefa bastante complexa e, quando envolvida nos atos discursivos diários, sua conceituação se torna ainda mais difícil. Sabe-se que são muitas as vertentes da linguística e da gramática que a teorizam, e se compreende que, sendo um fato, o indivíduo pode utilizá-la com vários propósitos, até mesmo para atribuir estereótipos a outros usuários, em função do uso que fazem dessa faculdade. Desta forma, o presente artigo visa à discussão do que se concebe como língua e, além disso, do que se reflete e se refrata de sua ideia, no discurso dialógico nos meios de atividade em que esse fenômeno acontece, principalmente nas redes sociais, contexto sobre o qual se baseia a metodologia deste trabalho. Pensando-se em alguns tópicos da teoria bakhtiniana, foram compiladas para análise algumas imagens da página Língua Portuguesa, no Facebook, objetivando constatar o discurso de preconceito e pedantismo como reflexo de outros discursos anteriores, a exemplo do fazer docente e do dizer teórico nas gramáticas normativas. Perante as observações, acredita-se que o ensino de gramática seja grande porta-voz no dizer e no fazer do professor, que leva o ensino da variável normativa ao aluno, trazendo-lhe reflexos em suas ações cotidianas, com noções de certo e errado. No entanto, é possível que haja mudanças significativas, no momento em que a língua for repensada não apenas como sistema de normas, mas também como atos discursivos individuais e incessantes que fazem parte da organização socioideológica em que se inserem.Downloads
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