GÊNERO CHARGE: HUMOR E A CONSTRUÇÃO DA SUBJETIVIDADE NO FACEBOOK.

Autores

  • José Luan Sousa Oliveira UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
  • Leonildes Pessoa Facundes UEMA/CESTI Doutoranda na UFSCar

DOI:

https://doi.org/10.18817/rlj.v2i2.1766

Resumo

RESUMO: Percebendo o avanço contínuo das tecnologias e o acesso cada vez mais amplo da sociedade ao mundo virtual, e principalmente às redes sociais, objetivamos nesse trabalho analisar a construção da subjetividade em funcionamento nas sociedades a partir dos conteúdos e significados que vão sendo produzidos no jogo da linguagem na mídia, bem como os sentidos dados a eles. Para isso, apropriamo-nos do gênero discursivo charge e as marcas das subjetividades dos sujeitos enunciadores divulgadas no Facebook por meio dos comentários. Para fins metodológicos, coletamos as charges e os comentários/enunciados publicados na página Humor Inteligente. Embasamo-nos teoricamente em Bakhtin (1997) para os gêneros do discurso, Araújo & Leffa (2016) para pesquisa das redes sociais; Rojo & Barbosa (2015) para Hipermodernidade e Gêneros discursivos, Possenti (2014) para a linguagem humorística, Amaral et al (2013), Orlandi (2007), Brandão (2012) para Análise do Discurso e Benveniste (2005) para subjetividade, entre outros. Os resultados revelam-nos que os componentes do gênero discursivo charge como a ironia, inteligência, sagacidade e humor, contribuem para a construção da subjetividade dos usuários que ao produzirem os efeitos de sentido comentam/enunciam marcando linguisticamente (ou não) a sua subjetividade. Isso comprova o pensamento de Benveniste (1958) sobre a linguagem ser a possibilidade da subjetividade.

PALAVRAS-CHAVES: Charges. Discurso. Subjetividade.

Biografia do Autor

José Luan Sousa Oliveira, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

Graduando do curso de Letras Português pela Universidade Estadual do Maranhão. Pesquisador no Núcleo de Pesquisa em Literatura e Linguagem (LITERLI). Atua na área de Estudos da Linguagem.

Leonildes Pessoa Facundes, UEMA/CESTI Doutoranda na UFSCar

UEMA/CESTI Doutoranda na UFSCar

Referências

ARAÚJO, Júlio; LEFFA; Vilson. (Orgs.) Redes sociais e ensino de línguas: o que temos de aprender? São Paulo: Parábola, 2016.

BAKHTIN, M ikhail. Os gêneros discursivos. In: BAKHTIN, Mikhail. Estática da criação verbal. 2ª ed. São Paulo: Editora Martins Fontes, 1997.

BENVENISTE, Émile. Da subjetividade da linguagem. In: Problemas de Linguística Geral 1. 5ª ed. São Paulo: Pontes, 2005.

BENVENISTE, Émile. Estruturas das relações de pessoa no verbo. In: Problemas de Linguística Geral 1. 5ª ed. São Paulo: Pontes, 2005.

BENVENISTE, Émile. A natureza dos pronomes. In: Problemas de Linguística Geral 1. 5ª ed. São Paulo: Pontes, 2005.

BRANDÃO, Helena N. Introdução à Análise do Discurso. Campinas: Editora UNICAMP, 2004.

MAINGUENEAU, Dominique. Discurso e análise do discurso. 1ª ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2015.

ORLANDI, Eni P. Análise de Discurso. 7ª ed. São Paulo: Pontes, 2007.

POSSENTI, S. Humor, Língua e Discurso. 1. ed. São Paulo: Contexto, 2014.

PUCCI, Adriana. Bakhtin. IN. AMARAL, Luciano et al. Estudo do Discurso: Perspectiva Teóricas. São Paulo. Parábola Editorial, 2013.

ROJO, Roxane; BARBOSA, Jacqueline. Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros discursivos. 1. ed. São Paulo: Parábola, 2015.

Downloads

Publicado

2018-12-27

Como Citar

SOUSA OLIVEIRA, J. L.; FACUNDES, L. P. GÊNERO CHARGE: HUMOR E A CONSTRUÇÃO DA SUBJETIVIDADE NO FACEBOOK. REVISTA DE LETRAS - JUÇARA, [S. l.], v. 2, n. 2, p. 382–399, 2018. DOI: 10.18817/rlj.v2i2.1766. Disponível em: https://ppg.revistas.uema.br/index.php/jucara/article/view/1766. Acesso em: 19 nov. 2024.