SATANISMO E DECADENTISMO EM REZAS DO DIABO, DE WENCESLAU DE QUEIRÓS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18817/rlj.v4i1.2226

Resumo

Na última quadra do século XIX, quando já fenecera o ultrarromantismo byrônico da Academia Paulista e o cientificismo alçava esperançosos voos, a provinciana São Paulo foi palco de uma perturbadora manifestação poética. Respeitadíssimo entre os seus, Wenceslau de Queirós fazia correr a pena diabólica pelos jornais da capital e, sobretudo, pelas páginas do Correio Paulistano. O ilustre poeta, hoje tomado como precursor do simbolismo brasileiro, anunciava periodicamente o lançamento de um volume que só viria a ser publicado depois de sua morte, em 1939: as Rezas do Diabo. O título provocativo fazia referência à poesia que se vinha produzindo sob o estro baudelairiano e, como não poderia ser diferente, causou certo alvoroço entre os castos leitores: satanismo, erotismo, terror, blasfêmias – tudo estava nas páginas do seu livro. Mas terá sido Wenceslau de Queirós um verdadeiro satanista? Se não o foi, o que buscou representar com as suas invocações diabólicas? Terá sido um decadentista ou um realista? Eis algumas das questões que pretendo desenvolver ao longo deste trabalho, sobretudo com o objetivo de mostrar que Wenceslau de Queirós foi um poeta mais complexo do que se costuma pensar.

Biografia do Autor

Gabriel Esteves, Universidade Federal de Santa Catarina

Possui graduação em Letras-Língua Portuguesa (2017) e mestrado em Literatura (2020) pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Hoje cursa o doutorado no Programa de Pós-Graduação em Literatura da mesma instituição e integra o Núcleo de Pesquisas em Informática, Literatura e Linguística (NuPILL).

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Publicado

2020-07-06

Como Citar

ESTEVES, G. SATANISMO E DECADENTISMO EM REZAS DO DIABO, DE WENCESLAU DE QUEIRÓS. REVISTA DE LETRAS - JUÇARA, [S. l.], v. 4, n. 1, p. 97–116, 2020. DOI: 10.18817/rlj.v4i1.2226. Disponível em: https://ppg.revistas.uema.br/index.php/jucara/article/view/2226. Acesso em: 19 nov. 2024.