DEMÔNIOS DE ALUÍSIO AZEVEDO: HORROR E FILOSOFIA
DOI:
https://doi.org/10.18817/rlj.v4i1.2240Resumo
O objetivo do presente trabalho consiste em compreender a relação entre os elementos gótico, fantástico e naturalista no conto Demônios, de Aluísio Azevedo, no qual retrata-se a trajetória do narrador/ personagem, no Rio de Janeiro permeado pela escuridão e silêncio, ambientação notadamente marcada por lama, lodo e pessoas mortas. Além disso, busca-se apontar a posição do conto no contexto da literatura brasileira do final do século XIX. Para tanto, no primeiro momento, busca-se inserir o conto Demônios no contexto literário brasileiro do século XIX com o objetivo de destacar sua excepcionalidade. Em seguida, aborda-se como os elementos românticos, góticos e fantástico são construídos visando reforçar as principais tópicas do Naturalismo. Por fim, propõe-se uma interpretação alternativa às principais existentes no texto – como a exaltação do amor romântico e do escapismo –, as quais tornam Demônios como marginal em relação à obra caracterizada como canônica, além da crítica literária tomar sua construção como “falha de composição”, o que atrapalha a caracterização de seu naturalismo. A presente pesquisa conclui que os aspectos românticos não são subterfúgios estéticos ou falhas de composição, mas sim recursos estético-literários utilizados para ressaltar posições filosófico-literárias do próprio naturalismo.
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