O SUJEITO “BIOGRÁFICO” NA FICÇÃO DE TEZZA
DOI:
https://doi.org/10.18817/rlj.v5i2.2669Resumo
Neste artigo, propomos uma discussão acerca da biografia, da história e da ficção presentes em O filho eterno (2011), do escritor catarinense Cristovão Tezza. Há na obra a construção de um mundo ficcional que se vale das experiências de vida como fonte primeira de inspiração, mas que, ao configurá-lo através da linguagem, transcende-o, transforma-o. O romance tematiza a história de um pai que descobre que o filho tem síndrome de Down, na década de 80, e apresenta movimentos pendulares do narrador enquanto sujeito e analista da narrativa. Investiga-se aqui a hipótese de que há na construção ficcional tezziana reflexões do sujeito pai, enquanto narrador e personagem, manifestando, assim, na linguagem, a dificuldade em delimitar uma fronteira entre a ficção e a não-ficção na obra. Para tanto, apoiamo-nos nas reflexões acerca dos problemas de história, ficção e biografia discutidos e contextualizados com base nas análises dos trechos da obra e fundamentados por Bosi (2013), Gagnebin (2001), Lejeune (2014) e outros.
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Copyright (c) 2021 Cecília Guedes Borges de Araujo, Fabrício Flores Fernandes
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