ASSIMETRIA SOCIAL E XADREZ ACADÊMICO: O CONTROLE DO IMAGINÁRIO NO ROMANCE DUAS PRAÇAS, DE RICARDO LÍSIAS
DOI:
https://doi.org/10.18817/rlj.v6i1.2732Resumo
Duas praças, de Ricardo Lísias, traz duas trágicas histórias paralelas que se entrecruzam no final: Maria, moradora de rua muito religiosa e com claros sinais de insanidade, se apaixona por Manequim, “funcionário” de uma loja de roupas; enquanto isso, a um doutorando é conferida a árdua tarefa de solucionar o mistério do desaparecimento de uma aluna que, acredita-se, é uma das muitas crianças roubadas dos pais, dissidentes políticos da ditadura argentina (1976-1982), e entregue a famílias de militares. A primeira ilustra bem a grave assimetria social do Brasil. A segunda, os jogos de poder, a busca por prestígio e as censuras veladas no ambiente de uma universidade. Ambas as histórias podem constituir polos de um diálogo com o conceito de controle do imaginário, de Luiz Costa Lima, desenvolvido nas obras O controle do imaginário (1984), Sociedade e discurso ficcional (1986) e O fingidor e o censor (1988). Tendo o referido romance por objeto, o artigo visa identificar e legitimar os pontos de encontro entre este e a categoria teórica acima mencionada. A primeira etapa irá se dedicar ao conceito de controle do imaginário; a segunda, ao romance em si; e, a terceira, em tom conclusivo, à costura entre ambos.
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