OS RELATOS AUTOBIOGRÁFICOS DE MERCEDES NÚÑEZ TARGA E O NÃO ESQUECIMENTO COMO LAMPEJO DE ESPERANÇA
DOI:
https://doi.org/10.18817/rlj.v6i1.2771Resumo
Este artigo tem como objeto de análise os relatos autobiográficos de Mercedez Nuñez Targa, referentes à sua detenção na Prisão Feminina de Ventas (Carcel de Ventas) durante o Regime Franquista. Permeados por retratos de desrespeito ao ser humano, tais relatos carregam o objetivo de que o sofrimento das vítimas não seja esquecido. Por outro lado também evidenciam a solidariedade e os ideais de resistência compartilhados por essas mulheres. Na valorização do companheirismo, da arte e da cultura elas encontram sentido e esperança, mesmo em meio ao horror. Assim, este estudo aqui proposto aborda os relatos de Nuñez-Targa buscando entendê-los como um contraponto ao “pacto do esquecimento” no processo de redemocratização espanhol, sobre o qual discorre MercedesYusta Rodrigo (2014) – mas também e, sobretudo, discute as dinâmicas de resistência estabelecidas pelas mulheres retratadas na obra, relacionando-as à ideia de sobrevivência dos vaga-lumes, de Georges Didi-Huberman (2011).
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