DO EU À ESCRITA: ESTUDO DA AUTOFICÇÃO E DA METAFICÇÃO EM PUTAS ASSASSINAS, DE ROBERTO BOLAÑO
DOI:
https://doi.org/10.18817/rlj.v7i1.3207Resumo
Este artigo propõe-se a estudar o livro de contos Putas assassinas (2001), do escritor chileno Roberto Bolaño, tomando-o como uma obra na qual se inscreve um discurso autoficcional, ao tempo que problematiza a escrita como ofício irrenunciável e ato de coragem. Visa-se analisar, na obra, o sujeito autoral que aponta para fora de um eu, revelando outros sujeitos, e, também, para uma interioridade denunciadora da memória ficcionalizada, ao mesmo tempo em que se constrói metaficcionalmente numa nova subjetividade que não se apaga no texto nem se apropria de uma verdade transcendente à obra. Desse modo, o estudo evidencia a inserção do autor no universo do narrado, conferindo-lhe um protagonismo ficcional que potencializa o evento autobiográfico, e a presença de uma escrita de si que reverbera para o próprio fazer literário, demarcando um procedimento autorreflexivo em que a ficção é questionada dentro dela mesma. Como apoio teórico, o estudo recorre, entre outros, a Foucault (2009), Barthes (2012), Klinger (2012), Bernardo (2010), além de críticos e estudiosos da escrita de Roberto Bolaño.
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