O ESTUDO OPERATÓRIO DA REFLEXIVIDADE
DOI:
https://doi.org/10.18817/rlj.v8i3.3909Resumo
Nosso objetivo, neste trabalho, é reorientar o estudo da reflexividade do pronome SE da língua portuguesa para um ângulo perceptivo que difere do projeto teórico da gramática normativa. Fundamentamos o desenvolvimento da reflexão na proposta de Antoine Culioli, proponente da Teoria das Operações Predicativas Enunciativas (CULIOLI, 1990, 1999a, 1999b). Nessa direção, visamos observar como o valor (reflexivo) da unidade se determina em razão dos modos pelos quais ela é colocada em relação com outras unidades. Nesse caso, buscamos visualizar o processo pelo qual um dado conteúdo de pensamento toma corpo e se transforma em representação na relação intersubjetiva. Nossa metodologia se baseou na atividade de reformulação, também denominada de glosagem ou parafrasagem (FRANCKEL, 2011). Por meio dos procedimentos de reformulação pudemos esboçar um sistema de representação metalinguística para o funcionamento de SE em que procuramos dar ênfase à hipótese de que a reflexividade em língua não é exclusiva do SE, ainda que às vezes possa parecer. Observamos que, no enunciado estudado, a reflexividade de SE atrelada ao marcador cortar é dependente das marcas de asserção do contexto encaixante que permite se passar de uma possível reflexividade (projeção de predicado) para uma reflexividade de fato (ocorrência de predicado).
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