VIOLANTE: A TRANSGRESSORA DE COELHO NETO
DOI:
https://doi.org/10.18817/rlj.v8i3.4075Resumo
RESUMO: Este artigo analisa a transgressão social na obra Turbilhão, de Coelho Neto. Tem como escopo a personagem Violante, moça pobre, que se torna uma cortesã de luxo, rompe com os códigos da sociedade na qual se encontra inserida e ascende de classe socioeconômica, sendo uma transgressora do ideal de mulher burguesa. Do ano de 1906, começo do século XX, o romance foi escrito e publicado no contexto da Belle Époque carioca (1889-1922), movimento cultural no Rio de Janeiro da primeira república, advindo da Europa, que, a partir da influência da cultura francesa e das experiências da modernidade, trouxe para o indivíduo novos modos de pensar e de agir na sociedade. As mulheres começavam a repensar suas condições sociais dentro do sistema patriarcal demarcado no Brasil. Apesar da Belle Époque ter sido um empreendimento cultural da classe burguesa e urbana da capital federal do país, esse movimento trouxe para a arte literária novas formas de configurar o indivíduo e as transformações por quais passava a sociedade. O enredo, o comportamento e as ações das personagens de Turbilhão refletem algumas dessas mudanças. Violante, qualificada como “voluntariosa” e “revoltada”, tem livre-arbítrio e deseja liberdade. O que nos permite refletir sobre a mulher e o status quo da sociedade. O artigo é de cunho bibliográfico e crítico-analítico qualitativo, fundamenta-se nos estudos de Coutinho (1997), Freyre (1995), Bosi (2013), Beauvoir (1967), Foucault (1999), e outros.
Palavras-chave: Coelho Neto; Turbilhão; Violante; transgressão social; belle époque carioca.
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