CISGENERIDADE E TRANSGENERIDADE EM DISCURSOS: UMA ANÁLISE FOUCALTIANA DOS APAGAMENTOS E DAS RESISTÊNCIAS NO CENTRO DE ENSINO PAULO VI EM SÃO LUÍS, MARANHÃO
DOI:
https://doi.org/10.18817/pef.v26i2.2722Resumo
Analisamos as interdições discursivas, os apagamentos e as resistências das categorias cisgeneridade e transgeneridade, a partir da Análise de Discurso de Michel Foucault. Ao abordarmos as possíveis discussões acerca da transexualidade no ambiente escolar, problematizamos tanto a cisgeneridade quanto a transgeneridade como essências ou identidades ontológicas. A partir da ideia de que a escola deve ser um ambiente de empatia e alteridade, foram aplicados questionários, previamente construídos, com uma série de perguntas relacionadas ao entendimento da comunidade escolar acerca da transexualidade, contendo perguntas abertas e fechadas com os professores(as), administrativos(as), terceirizados(as) e alunos(as) do Centro de Ensino Paulo VI, do turno noturno, a fim de compreender qual discurso predomina nesse ambiente. As respostas aos questionários foram analisadas a partir das noções de interdição, separação e rejeição e vontade de verdade, procedimentos exercidos no exterior do discurso, além de outros localizados internamente que têm como função principal o controle do que se diz. Nos discursos destaca-se a força do padrão heteronormativo na escola e a tentativa de apagamento das sexualidades dissidentes dos profissionais da educação que tendem a invisibilizar diferenças, dificultando a promoção da inclusão e do respeito às diversidades.
Palavras-chave: Análise de Discurso foucaultiana, Cisgeneridade, Educação, Transgeneridade.