Da arte de fazer-se virtuosa: regimentos de princesas (Castela, século XV)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18817/brathair.v19i2.2279

Palavras-chave:

Península Ibérica medieval, Gênero

Resumo

Comumente escritos para prescrever aos príncipes como estes deveriam se conduzir e em quais exemplos deveriam se mirar, os specula principum concederam um papel relativamente secundário às mulheres. Ainda que os espelhos tenham prescrito, a partir das indicações apresentadas aos príncipes, a conduta das infantas e consortes, nenhum deles parece ter indicado diretamente as mulheres como público-alvo de seus ensinamentos, nem mesmo contemplado a relação entre mulher, coroa e poder. No entanto, na segunda metade do século XV, frente a possibilidade que se apresentou no reino castelhano de que a coroa fosse herdada e regida por uma mulher, bem como o imperativo de que a ordem e a boa condução do reino não fossem mais colocadas em risco pelos erros e vícios cometidos pelas rainhas, despertou o interesse e a urgência de que também elas fossem instruídas sobre como deveriam se conduzir. Nesse sentido, nosso fito neste artigo será analisar e cotejar alguns roteiros de governo preparados especialmente pelos clérigos Martín de Córdoba, Íñigo de Mendoza e Hernando de Talavera, que foram endereçados à rainha Isabel (1451-1504).

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Publicado

2020-12-09

Edição

Seção

Dossiê 2019.2