Aventura e Magia no Mundo das Sagas Islandesas

Autores

  • João Bittencourt de Oliveira

Palavras-chave:

Sagas, Magia, Islândia medieval

Resumo

Resumo As sagas islandesas (dentre as quais se incluem as sagas de famílias) permanecem uma parte das grandes maravilhas da literatura universal. Iniciando-se no século IX d.C., na Islândia, a Era dos Vikings é também conhecida como a era das sagas. Situadas por volta da virada do primeiro milênio, essas estórias retratam – com um realismo surpreendentemente moderno – a vida e os feitos dos antigos povos escandinavos que pela primeira vez povoaram a Islândia e de seus descendentes, que se aventuraram mais para o oeste – alcançando, segundo alguns estudiosos, a Groenlândia e, finalmente, a costa da América do Norte. Até o século XII, as sagas eram orais, memorizadas para serem recitadas junto ao espaço da lareira. Os elementos de adivinhação e profecia são quase onipresentes nas sagas, embora jamais substituem as ações e decisões humanas como explicação de acontecimentos. Como forma literária, as sagas possuem algum paralelo com a literatura irlandesa, indicando que o impulso para escrever sagas pode ter sido inspirado pelas tradições célticas. Profundamente enraizadas no mundo real de seu cotidiano, concisas e sem rodeios quanto ao estilo, as sagas exploram os eternos problemas humanos: falam de amor e ódio, destino e liberdade, crime e castigo, viagem e exílio. As sagas islandesas são, até certo ponto, precursoras importantes do romance moderno. Influenciaram diretamente muitos escritores, dentre eles Walter Scott (Ivanhoé) e J.R.R. Tolkien (O Senhor dos Anéis). As sagas são também uma fonte valiosa de informação sobre a Islândia medieval, um assunto de interesse de muitos além dos medievalistas. O presente trabalho propõe-se a reunir e analisar algumas características das sagas islandesas e sua importância para a compreensão da Islândia medieval, à luz das mais recentes investigações. Palavras-chave: Sagas; Magia; Islândia medieval Abstract The Icelandic Sagas (among which the “family sagas” are included) remain one of the greatest marvels of world literature. Starting in the 9th century, in Iceland, the Age of the Vikings is also known as the Saga Age. Set around the turn of the last millennium, these stories depict with an astonishingly modern realism the lives and deeds of the ancient Scandinavian people who first settled in Iceland and of their descendants, who ventured farther west – reaching, according to some scholars, Greenland and, ultimately, the coast of North America. Until the 12th century, the sagas were oral, i.e. they were memorized in order to be recited at the fireside. Elements of foretelling and prophecy are nearly omnipresent in the sagas, though they never replace human actions and decisions as explanations of events. As a literary form, the sagas have some parallel to Irish literature, indicating that the impetus to write the sagas may have been inspired by Celtic traditions. Deeply rooted in the real world of their day, concise and straightforward in style, the sagas explore perennial human problems: they tell of love and hate, fate and freedom, crime and punishment, travel and exile. The Icelandic sagas are, to certain extent, important precursors of the modern novel. They directly influenced many writers, among them Walter Scott (Ivanhoe) and J.R.R. Tolkien (The Lord of the Rings). The sagas are also valuable sources of information about medieval Iceland, a subject of interest not only to medievalists. The present work intends to reunite and analyze some of the features of the Icelandic Sagas and their importance in understanding medieval Iceland, in the light of the most recent investigations. Keywords: Sagas; Magic; Medieval Iceland

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Publicado

2012-03-14

Edição

Seção

Artigos/Articles