EPISÓDIOS SIGNIFICATIVOS DO ENCONTRO ENTRE SOCIÓLOGOS, ANTROPÓLOGOS E MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL
o caso da relação com o sindicalismo de trabalhadores urbanos e rurais
Palavras-chave:
sociologistas, antropologistas, movimentos sociaisResumo
Este artigo procura apresentar episódios relativamente pouco conhecidos da relação construída entre pequenas equipes de cientistas sociais e o movimento sindical de trabalhadores no Brasil, a partir do interesse recente nas noções de “sociologia pública” e “antropologia pública”[1].
Tais noções ajudam-nos a ressaltar a obra e os resultados realizados por tais iniciativas, dando-lhes um lugar de destaque que passa despercebido na história usual das ciências sociais. De fato, embora vários cientistas sociais brasileiros tenham tido importante destaque como formadores de opinião, publicistas, e inclusive como homens políticos -- deputados, senadores ou mesmo presidente da república – o que se procura salientar aqui é o caso mais raro em que o investimento de um ethos e de um capital universitário sociológico ou antropológico em entidades de trabalhadores, menos providas em expertise profissional que as congêneres patronais ou instituições estatais com as quais se defrontam, é realizado.
