IMPERATRIZ NO FIM DO MUNDO: MEMÓRIAS DÚBIAS DE AMÉLIA DE LEUCHTEMBERG (1992), DE IVANIR CALADO – A MEDIAÇÃO ENTRE O TRADICIONALISMO E O DESCONTRUCIONISMO NUM ROMANCE HISTÓRICO CONTEMPORÂNEO DE MEDIAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.18817/rlj.v2i2.1769Resumo
As várias manifestações da escrita híbrida de história e ficção têm composto um leque de romances que evidenciam a constante evolução do gênero romance histórico. Mais recentemente, o gênero passou a apresentar romances com novas características, romances estes que, a partir dos estudos de Fleck (2017), puderam encontrar espaço próprio entre as classificações e passaram a ser classificados dentro da fase mediadora do romance histórico e da modalidade do romance histórico contemporâneo de mediação. Dentre os romances estudados pelas teorias do romance histórico, encontramos a obra de Calado (1992) Imperatriz no fim do mundo: memórias dúbias de Amélia de Leuchtemberg que se enquadra no que os estudos de Fleck (2007; 2017) apontam como características de um romance histórico da mais recente modalidade do gênero. Com base na trajetória dos romances híbridos de historia e ficção, e nas teorias de Hutcheon (1992), Menton (1993), Mata Induráin (1995), Fleck (2007; 2017), dentre outros, buscamos por meio deste artigo apontar reflexões que classifiquem o romance de Calado como mais um dos romances históricos contemporâneos de mediação.Referências
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