O SUJEITO NAS RELAÇÕES DE PODER E REDES DE MEMÓRIA: TESTEMUNHOS DE UMA “INFÂNCIA SUBVERSIVA”
DOI:
https://doi.org/10.18817/rlj.v5i01.2458Resumo
Por mais de trinta anos, parte da história do Brasil ficou esquecida nos porões dos antigos DOI-CODIs e nas delegacias especializadas em “crimes políticos” durante o período da Ditadura Militar Brasileira. Pensando nesses apagamentos da memória do Brasil, este estudo tem como objetivo analisar o sujeito como construto do social, por meio das memórias de sujeitos que, na infância, foram vítimas da Ditadura. Para alcançar esse objetivo, utilizou-se os pressupostos teórico-metodológicos da Análise do Discurso de tradição francesa, aportando-se nos ditos de Michel Foucault e de outros autores que com este corroboram. A análise permitiu uma cartografia das experiências desses sujeitos com a Ditadura Militar e a descrição e interpretação dessas experiências, para a construção ético-política desses sujeitos, como também permite verificar de que forma o dever de memória constituiu-se em um espaço para que a verdade sobre esse período revelasse a verdade das experiências vividas como radiografia da experiência histórica sobre o Estado de exceção.
Palavras-chave: Discurso. Sujeito. Testemunho. Relações de poder. Infância.
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Copyright (c) 2021 Francisco Vieira da Silva, Camila Praxedes de Brito
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