ENTRE O PRESENTE E O PASSADO: A NECESSIDADE DE RECONHECER O “EU” EM ERA MEU ESSE ROSTO, DE MÁRCIA TIBURI
DOI:
https://doi.org/10.18817/rlj.v6i1.2795Resumo
Era meu esse rosto de Márcia Tiburi (2014) apresenta aspectos de um romance contemporâneo, memorialístico e filosófico. A obra lança reflexões sobre a constituição de um “eu” latente, a partir do revezamento entre o passado e o presente. Tanto a fase da infância como a da vida adulta são habilmente reverenciadas na narrativa, no entanto nas lembranças da infância do narrador-protagonista não há discernimento suficiente sobre a história de sua família e a interferência sobre o seu “eu”. Mas através de um o afastamento temporal e de um olhar amadurecido, consegue compreender o impacto da gênese familiar na constituição de si. A partir destas considerações, levantamos o seguinte questionamento: Como se dá a representação do “eu” entre o passado e presente? Em vista disso, buscaremos analisar como a recordação da infância atua na narrativa memorialística por meio da reconstituição de imagens, bem como entender a legitimação do “eu” no presente. Para situar teoricamente a análise, recorreremos ao pensamento de Maurice Halbwachs (2006), Ivan Izquierdo (1986), Paul Ricouer (1997), entre outros.
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Copyright (c) 2022 Paulo Eduardo Bogéa Costa, Maria do Carmo Moreira de Carvalho, Silvana Maria Pantoja dos Santos
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