LITERATURA E HISTÓRIA: A REALIDADE DAS MULHERES ÓRFÃS NO BRASIL COLONIAL NO LIVRO DESMUNDO
DOI:
https://doi.org/10.18817/rlj.v6i1.2835Resumo
O estudo desenvolve-se a partir da análise interpretativa do livro Desmundo (1996) da escritora Ana Miranda[1]. O propósito é apontar a relevância da narrativa literária para o entendimento da experiência histórica e cultural de mulheres no Brasil colonial. Procura-se articular o diálogo interdisciplinar entre literatura e história, tendo por foco a narrativa do romance acerca da vinda de jovens órfãs de Portugal para o Brasil com o intuito de casamento. Oribela, a narradora-personagem, conta a história colonial a partir do seu ponto de vista, explorando o tema da submissão feminina na sociedade dentro desses marcos históricos. Assim, ao exploramos os diálogos profícuos entre narrativa histórica e narrativa literária, abrimos espaço tanto para problematizar os modos tradicionais de representação do tempo, como também a própria riqueza da obra para o entendimento do universo cultural, social e subjetivos das mulheres no tempo. A metodologia consistirá em uma reflexão interpretativa com base na pesquisa bibliográfica. Como referencial teórico de abordagem, dialogaremos com: Del Priore (1993), Ferreira (2013), White (1994), Burker (1992), Barros (2010), entre outros.
[1] A autora se tornou conhecida no cenário literário em 1978, com o livro Poética Anjos e Demônios, depois com Boca do inferno (1989), ganhou o prêmio Jabuti. Outras obras suas, são: O Retrato do Rei (1991), Sem Pecados (1993), A última Quimera (1995), Desmundo (1996), Amrik (1997), Clarice (1998) e Dias & Dias (2002).
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