LITERATURA ENTRANHADA DE MULHERES NEGRAS (DES)ENRAIZADAS
DOI:
https://doi.org/10.18817/rlj.v6i3.2998Resumo
Resumo: Esse texto pensa o encontro literário entre Françoise Ega (1920 - 1976) e Carolina Maria de Jesus (1914/1919/1921-1977). Ambas escritoras negras que encontraram na literatura um espaço para imaginar, curar, transmutar e tecer percursos possíveis em seus processos diaspóricos. Seja a martinicana Ega escrevendo em Marseille, seja a minera Carolina situada em São Paulo, em seus respectivos espaços distantes de onde viveram até a adolescência, formularam e nutriram seus textos-raízes não apenas como um retorno às suas origens, mas também como fomento e recomposição de novos enraizamentos. Ega, expande e entranha suas palavras-linhas até o Brasil reconhecendo em Carolina um espelho de onde brota memórias em suas missivas, jamais lidas pela autora brasileira, mas, no entanto, encontrou na atual recepção a constatação de que persistem as “misérias dos pobres do mundo inteiro (que) se parecem como irmãs”.
Palavras-chave: Carolina Maria de Jesus; Françoise Ega; Literatura negra; diáspora; missiva;
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