A EXPEDIÇÃO MONTAIGNE: UMA LEITURA SOB O VIÉS PÓS-MODERNO
DOI:
https://doi.org/10.18817/rlj.v3i1.1912Abstract
Causador de celeumas até no tocante à data de seu nascimento, o movimento artístico-cultural denominado de pós-modernismo traz em seu bojo uma série de alterações estéticas as quais não deixam de refletir algumas posições ideológicas que parecem ganhar novas configurações, mas não escapam do inevitável diálogo com o passado. É nessa perspectiva que o presente artigo se propõe a fazer uma leitura do romance A Expedição Montaigne (1982) de Antônio Callado. Situada no contexto pós-moderno, a referida obra faz uma releitura de um aspecto crucial na formação da identidade nacional (a figura do índio) o qual já foi matéria de debate para românticos e modernistas. Nesse sentido, buscar-se-á, na diegese proposta por Callado, os indícios de inovações do fazer literário desses novos tempos. Ademais, as próprias posições teóricas não consensuais em torno do pós-modernismo merecem ser ressaltadas a partir do artefato que se queira analisar. Entre outras coisas, são essas as razões que justificam e direcionam esse trabalho. Nazário (2008), Jameson (2006), Eagleton (1998), Hall (2005), entre outros, servem como suporte teórico para o desenvolvimento deste artigo.
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