DIÁSPORA E OS ESPAÇOS MNEMÔNICOS EM “SAGA DE AGOTIME, MARIA MINEIRA NAÊ”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18817/rlj.v4i1.2239

Resumo

Resumo: Homi Bhabha, em O local da cultural (1998), dentre outros aspectos discute a respeito da questão diaspórica, da dispersão de povos, seja por vontade própria do sujeito ou forçada, como é o caso dos negros escravizados, que, dispersos do seu lugar de origem, precisaram reconstituir-se em outros espaços. Assim, considerando as Áfricas (re)criadas em diferentes lugares, a exemplo, a cidade do Rio de Janeiro, a Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis tematizou e ilustrou, através de indumentárias e músicas, os movimentos diaspóricos no Brasil. Nesse sentido, objetiva-se compreender o processo diaspórico e os espaços mnemônicos a partir da tematização da África no samba-enredo emSaga de Agotime, Maria Mineira Naê”, apresentado no desfile carnavalesco de 2001, pela referida Escola. As reflexões teóricas perpassam as ideias de Maurice Halbwachs (2006) – no que tange às reflexões acerca da memória individual e coletiva; Homi Bhabha (1998), Mortari (2015) - com referenciais sobre diáspora; Aleida Assmann (2011), acerca dos espaços que permeiam a recordação e a memória. Tal análise demonstra que, uma vez deslocados de suas raízes, os negros valeram-se de variados mecanismos, especificamente, da memória, dos lugares que possibilitam o acionamento desses aspectos como elementos de ressignificação de si, sua terra, bem como dos novos espaços que passaram a ocupar e ressignificar.

Palavras-chave: A saga de Agotime. Maria Mineira Naê. Samba-enredo. Diáspora. Espaços Mnemônicos.

Biografia do Autor

Risoleta Viana de Freitas, UFPI/UEMA

Professora Substituta da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Campus Caxias. Doutoranda em Literatura pela Doutorando em Literatura pela Universidade Federal do Piauí – UFPI. Mestra em Letras pela Universidade Estadual do Piauí. Especialista em Literatura e Ensino e Graduação em Letras / Português, ambas titulações pela Universidade Estadual do Maranhão. É integrante do Grupo de Pesquisa Teseu, o labirinto e seu nome (UFPI) e do Grupo Americanidades: lugar, diferença e violência. 

Rayron Lennon Costa Sousa, UFMA-UFPI

Professor Assistente da Universidade Federal do Maranhão - UFMA, Campus São Bernardo. Doutorando em Literatura pela Universidade Federal do Piauí - UFPI, Mestre em Teoria Literária pela Universidade Estadual do Maranhão - UEMA. Graduado em Letras - Português/Espanhol e respectivas literatura pela Universidade do Tocantins – UNITINS. Vice-Coordenador do Grupo de Pesquisa em Literatura, Alteridade e Decolonialidade - GPLADe, vinculado à UFMA; Membro do Grupo de Pesquisa em Historiografia, Cânone e Ensino, vinculado à Universidade de Brasília - UnB e Membro do Grupo de Pesquisa em Literatura, Leitura e Ensino, vinculado à Universidade Estadual do Piauí - UESPI.

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Publicado

2020-07-06

Como Citar

DE FREITAS, R. V.; COSTA SOUSA, R. L. . DIÁSPORA E OS ESPAÇOS MNEMÔNICOS EM “SAGA DE AGOTIME, MARIA MINEIRA NAÊ”. REVISTA DE LETRAS - JUÇARA, [S. l.], v. 4, n. 1, p. 390–405, 2020. DOI: 10.18817/rlj.v4i1.2239. Disponível em: https://ppg.revistas.uema.br/index.php/jucara/article/view/2239. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos - TEMÁTICA LIVRE