Diversos métodos de insensibilização expõem os peixes a dores e sofrimentos desnecessários. A eletronarcose é uma técnica rápida e aparentemente causa menos sofrimento aos peixes, portanto pode garantir condições de bem-estar durante o abate. Entretanto, as variáveis do equipamento e as condições da aplicação da energia devem ser ajustadas para evitar danos indesejáveis na carcaça. O objetivo deste estudo foi avaliar a eletronarcose como método de insensibilização, utilizando diferentes voltagens e tempos de exposição, totalizando sete tratamentos (100V/20s; 100V/40s; 100V/60s; 200V/20s; 200V/40s; 200V/60s e um tratamento controle, com anestésico). Testes comportamentais foram realizados para avaliar a insensibilização dos peixes. Posteriormente, a qualidade da carne foi avaliada sensorialmente e também por determinação da cor instrumental. Os testes comportamentais indicaram que as melhores combinações de corrente elétrica e tempo de exposição, foram de 100 e 200 volts durante 60s. A ausência dos parâmetros de respiração e rotação dos olhos mostrou que os peixes ficaram insensibilizados, pois apresentaram escores próximos de zero para os tratamentos 100V / 60s, 200V / 40s e 200V / 60s. O teste de ordenação mostrou que a intensidade hemorrágica nos filés, coloração vermelha, foi mais intensa para os filés do tratamento de 200V/60s. O tempo considerado mais seguro para realizar o abate, no qual a maioria dos parâmetros comportamentais avaliados estava ausente, foi de até 1 min após a insensibilização. O tratamento que garantiu condições de bem-estar aos peixes e proporcionou aos filés menores intensidades da coloração vermelha foi 100V/60s