APRESENTAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.18817/pef.v29i1.3748Resumo
Na década de 1980, os estudos e as análises sobre a condução da educação no Brasil, alinhados ao fortalecimento das agendas neoliberais internacionais, estiveram associados à ausência ou escassez de indicadores que permitissem mensurar sua qualidade (Esquinsani, 2019). Como resultado, na década seguinte a agenda política da educação do país incorporou a questão da avaliação de tal forma que, em consonância e consolidando a necessidade de um Estado Avaliador (Afonso, 2009), expressões como: regulação, performance dos sistemas de avaliação, responsabilização e accountability, dentre outras, passaram a ser frequentemente utilizadas.
No que respeita à educação superior, com o avanço da implantação de políticas neoliberais, houve rápida e expressiva expansão de instituições e cursos do setor privado-mercantil, propiciada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996 (BRASIL, 1996). Em contrapartida, na perspectiva das necessidades do Estado Avaliador, mas também da percepção da importância de construir qualidade, entendida como capacidade de atendimento a demandas sociais (Dias Sobrinho, 2013), foram propostas e implantadas políticas públicas de avaliação da educação superior.