ALTERAÇÕES GENOTÓXICAS COMO BIOMARCADORES EM PEIXES DE UMA ÁREA PROTEGIDA DO SUL DO MARANHÃO
DOI:
https://doi.org/10.18817/repesca.v11i1.1485Palavras-chave:
Monitoramento Ambiental, Micronúcleos, Parques Nacionais, Piau-Cabeça-Gorda (Leporinus fasciatus), Cascudo (Hypostomus pusarum)Resumo
Neste estudo, objetivou-se utilizar biomarcadores genotóxicos para avaliação de impacto ambiental em peixes do Parque Nacional da Chapada das Mesas (PNCM). Exemplares de Leporinus fasciatus (piau) e Hypostomus pusarum (cascudo) foram coletados em duas cachoeiras do PNCM: Cachoeira São Romão e Prata. As estações foram georreferenciadas por GPS (Global Position System) e em cada região foram registradas variáveis abióticas: pH, temperatura, sólidos totais dissolvidos (TDS), oxigênio dissolvido (OD) e condutividade. Os dados biométricos foram medidos em campo. Para tanto, as lâminas com esfregaços de sangue foram deixadas em temperatura ambiente por 2 horas para secagem e em seguida fixadas em etanol absoluto por 30 minutos. Depois de secas, as lâminas foram coradas em corante Giemsa. Para a quantificação dos eritrócitos, foram utilizadas 2000 células. Foram identificadas alterações morfológicas nucleares (AMN) nas duas espécies amostradas para os dois pontos de coleta. Dentre as AMN encontradas destacam-se: nucléos binucleados (NB), núcleos vacuolizados (NV). Os micronúcleos (MN) também foram encontrados em ambas as espécies, porém, em L. fasciatus a frequência de MN e AMN foram maiores em relação a Hypostomus sp. Provavelmente, o cascudo (H. pusarum) por ser considerado uma espécie bentônica e resistente aos condições ambientais apresentou uma frequência menor de alterações genotóxicas em relação ao L. fasciatus que é uma espécie que apresenta um hábito migratório e sensível as variáveis ambientais. Além disso, a frequência de MN e AMN não foram significativas para indicativo de possíveis impactos ambientais nas duas áreas amostradas. Os dados apresentados mostram que as metodologias baseadas em biomarcadores em espécies residentes podem ser utilizadas em futuros programas de biomonitoramento e gestão do parque.Downloads
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Publicado
2018-10-08
Edição
Seção
Artigos