A PESCA OCEÂNICA NO BRASIL NO SÉCULO 21

Autores

  • Fábio Hissa Vieira Hazin
  • Paulo Eurico Travassos

DOI:

https://doi.org/10.18817/repesca.v2i1.34

Resumo

As capturas de atuns e espécies afins no Oceano Atlântico, incluindo as albacoras (laje, branca e bandolim), o bonito listrado, o espadarte (meka), os agulhões (branco, negro, vela e verde), diversas espécies de tubarão (principalmente o tubarão-azul), além de outros peixes como a cavala, o dourado e o peixe-prego, têm, nos últimos anos, oscilado em torno das 500.000 t. Em 2004, a frota atuneira nacional, composta por embarcações brasileiras e estrangeiras arrendadas, capturou 44.640 t, ou o equivalente a cerca de 9% do total capturado no Atlântico. Em 2005, este montante subiu para 48.900t, representando um incremento próximo a 10%. Do ponto de vista do resultado econômico, entretanto, uma vez que aproximadamente a metade da produção nacional é constituída por bonito-listrado, uma das espécies de atum mais costeiras e de menor valor comercial, a participação brasileira no rendimento proporcionado por esta pesca, em torno de US$ 4 bilhões/ano, certamente se situou bem abaixo dos 5%. Considerando-se a proximidade estratégica do País em relação às rotas migratórias dos principais estoques de atuns e afins no Atlântico Sul, além da grande extensão de sua costa, com cerca de 8.500 km, fica claro que a posição atualmente ocupada pelo país no cenário da pesca oceânica no Atlântico não se justifica. Neste contexto, o presente trabalho apresenta uma breve descrição da evolução e atual situação da pesca de atuns e afins no país, abordando os principais aspectos estratégicos que devem ser considerados para promover o desenvolvimento sustentável desta atividade no Brasil.

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Publicado

2009-04-09

Edição

Seção

Resenhas/Notas