Monaquismo(s): romano, insular e a definição da Páscoa no Sínodo de Whitby no século VII

Autores

  • Nathany Wagenheimer Belmaia UFPR

Palavras-chave:

Monaquismo, Páscoa, Sínodo de Whitby

Resumo

Este trabalho intenta abordar os argumentos centrais sobre a normatização da Páscoa na Grã-Bretanha e Irlanda, e o embate entre monaquismo romano e o monaquismo insular durante o Sínodo de Whitby, em 664 d.C. Considerando que ambas as forças que concorreram nesse sínodo eram monásticas, tratar-se-á de algumas questões centrais acerca do surgimento do monaquismo cristão, até a sua incorporação pela malha da hierarquia eclesiástica da Igreja. Além disso, será contextualizada a entrada do cristianismo na Grã-Bretanha, no sul e no norte. O sul da Ilha foi marcado pelas trocas de presentes com a Igreja e a implementação de leis que protegiam a religião; o norte, por sua vez, era influenciado pelos ideais de Patrício, Brígida e Columba e o nascimento do monaquismo como a religião dos governantes. O aporte teórico-metodológico contará com as noções de estratégia e tática de Michel de Certeau, a fim de exemplificar como a Igreja romana, por meio de ações táticas, conseguiu impor o seu poder estratégico e levar à derrocada o monaquismo insular, as suas práticas e tradições, assim como algumas motivações políticas que podem ter influenciado na convocação do Sínodo de Whitby.

Biografia do Autor

Nathany Wagenheimer Belmaia, UFPR

Doutorado em andamento na UFPR, com bolsa CAPES.

Downloads

Publicado

2018-11-27

Edição

Seção

Dossiê 2018.1