A Demanda do Santo Graal: Retórica e Poder no Milênio

(The Quest of the Holy Grail: Rhetoric and Power in the millennium)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18817/brathair.v20i1.2445

Palavras-chave:

Santo Graal, retórica

Resumo

A finalidade deste breve ensaio é propor um exercício de História Total sobre o Tempo do Milênio a partir da análise retórica e política de um traço de mentalidade que se constitui em verdadeira metonímia da época. Referimo-nos aqui ao mitema do Santo Graal, inescapavelmente atuante nas mais diversas camadas do imaginário centro-medieval, considerando-se o último um sistema semiológico comunicante de um discurso disciplinar. Neste sentido, o Santo Graal apresenta-se como metáfora da Graça e, por conseguinte, do próprio Deus cristão, ao mesmo tempo em que é um traço de mentalidade das formações sociais europeias centro-medievais. Nosso intuito é analisar o regime discursivo normativo e disciplinar presente em A Demanda do Santo Graal a respeito da Ordem da Cavalaria, suscitando a ideia de que os heróis e anti-heróis dessa trama artúrico-graalesca correspondem a modelos de virtudes e vícios. Consagra-se, portanto, a inserção do entrecho romanesco no gênero retórico-poético epidítico.

Biografia do Autor

Marcus Baccega, Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

A finalidade deste breve ensaio é propor um exercício de História Total sobre o Tempo do Milênio a partir da análise retórica e política de um traço de mentalidade que se constitui em verdadeira metonímia da época. Referimo-nos aqui ao mitema do Santo Graal, inescapavelmente atuante nas mais diversas camadas do imaginário centro-medieval, considerando-se o último um sistema semiológico comunicante de um discurso disciplinar. Neste sentido, o Santo Graal apresenta-se como metáfora da Graça e, por conseguinte, do próprio Deus cristão, ao mesmo tempo em que é um traço de mentalidade das formações sociais europeias centro-medievais. Nosso intuito é analisar o regime discursivo normativo e disciplinar presente em A Demanda do Santo Graal a respeito da Ordem da Cavalaria, suscitando a ideia de que os heróis e anti-heróis dessa trama artúrico-graalesca correspondem a modelos de virtudes e vícios. Consagra-se, portanto, a inserção do entrecho romanesco no gênero retórico-poético epidítico.

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Publicado

2020-12-31

Edição

Seção

Dossiê 2020.1 - Rhetoric Turn and Medieval History