O CULTO DOS SANTOS E DAS RELÍQUIAS NA POLÍTICA DOS PRIMEIROS REIS PLANTAGENETAS

The cult of saints and relics in the politics of the first plantagenet kings

Autores

  • Isadora Cristine Martins Universidade de São Paulo
  • Edina Bozoky

DOI:

https://doi.org/10.18817/brathair.v22i1.2764

Palavras-chave:

Dinastia plantageneta, Relíquias de Santos, Cultos de relíquias, Ricardo Coração de Leão, Henrique II

Resumo

A veneração de santos e suas relíquias pelos primeiros Plantagenetas fez parte de sua política de construção do “Império” e da consolidação de limites territoriais. Em primeiro lugar, o interesse por certos cultos correspondia à busca pela legitimação dinástica através de um patrono celeste (Eduardo, o Confessor, Edmundo, Marçal e Valérie, a exumação das reliquias em Fécamp, a descoberta das tumbas de Arthur e Guinevere), ao passo que Thomas Becket se tornava rapidamente o novo patrono do reino. Algumas questões em relação às relíquias refletem a simbologia da transferência de poder (o roubo das relíquias de São Petroc de Bodmin, o caso da mão de São Tiago em Reading, o traslado das relíquias de São Valério). A presença de reis em importantes cerimônias de traslado de relíquias, ou suas visitas a santuários estão ligadas a sua política territorial (Monte São Michel, Rocamadour, Grandmont, o traslado de Santa Frideswida em Oxford, etc.)

Finalmente, as relíquias da Terra Santa desempenharam papel importante na cruzada de Ricardo Coração de Leão. A ligação entre política e culto das relíquias explica-se pela crença na virtude presente materialmente nas relíquias, em que a posse e a exaltação do culto devem garantir a proteção celeste do reino. 

 

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Publicado

2023-08-01