Os monges e as viagens imaginárias ao Além: a Visão De Túndalo

Autores

  • Adriana Zierer
  • Bianca Trindade Messias

Palavras-chave:

Monges. Viagens imaginárias. Além Medieval. Visão de Túndalo

Resumo

Resumo Os monges vivem isolados, oram e se dedicam a contemplar a Deus e as Suas maravilhas. Esses homens divinos possuem o monopólio das letras e contribuíram para a intelectualidade da Idade Média através da elaboração dos manuais pedagógicos cristãos. Um dos grandes temas presentes nas produções dos monges foi as viagens imaginárias, que narram relatos de visões do Além, apresentando os contornos dos espaços do pós-morte que são: Inferno, Purgatório e Paraíso. Essas narrativas alertam os cristãos para as corretas formas de conduta na vida terrena para que atingissem o Paraíso na outra vida. A Visão de Túndalo, escrita no século XII por um monge cisterciense de origem irlandesa, foi traduzida para o português no século XV e é um exemplo de viagem imaginária que foi muito difundido na Europa. Essa fonte narra a história de um cavaleiro pecador, chamado Túndalo, que foi escolhido por Deus para participar da viagem ao Além. Possui conexões com relatos anteriores, como a Visão de Drythelm (século VIII) narrada pelo monge anglo-saxão Beda. As visões têm como função converter os pagãos e fortalecer os cristãos na fé por meio de uma lição salutar. Assim, os monges cumpriam com o seu ofício por meio de seus escritos que atuavam no ordenamento da sociedade, visando o estabelecimento da paz e guiando os seu rebanho ao caminho da salvação. Palavras-chaves: Monges. Viagens imaginárias. Além Medieval. Visão de Túndalo Abstract Monks live isolated praying and dedicate themselves to contemplate God and His wonders. Those divine men possess the control of the writing and contributed to medieval intellectuality by the elaboration of Christian teaching manuals. One of the great themes presented in the monks’ production were the imaginary journeys which narrate the visions of beyond, showing the traces of the spaces postmortem which are: Hell, Purgatory and Paradise. These narratives warn Christians to the correct forms of conduct in this life to reach heaven in the afterlife. The Vision of Tnugdal, written in the 12th century by a Cistercian monk of Irish origin, was translated into Portuguese in the 15th century, and is an example of imaginary journey that was widespread in Europe. It has connections with older visions such as Vision of Drythelm (8th century), narrated by the Anglo Saxon monk Bede. The function of the visions is to convert the pagans and strengthen the Christians in faith through a salutary lesson. Thus, the monks performed their office through their writings that dealt with the ordering of society, with the purpose of establishing peace and guiding their flock in the way of salvation. Key-words: Monks, Imaginary Journeys, Medieval Beyond, Vision of Tnugdal

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Publicado

2012-05-18

Edição

Seção

Artigos/Articles