Erosão dos solos em trilhas: uma revisão sistemática no contexto da geoconservação e do geoturismo

Autores

  • Alessandra Barbosa Teixeira da Silva
  • Maria do Carmo Oliveira Jorge
  • Antônio José Teixeira Guerra

DOI:

https://doi.org/10.18817/26755122.29.3.2025.4340

Palavras-chave:

Trilhas. Erosão em Trilhas. Geoconservação. Geoturismo.

Resumo

O presente artigo apresenta uma revisão sistemática da literatura, com o objetivo de analisar processos erosivos em trilhas, integrando sua interface com os conceitos de Geoconservação e Geoturismo no recorte temporal entre 2015 e 2025. A análise evidencia uma contradição intrínseca a essas vias: simultaneamente em que constituem elementos fundamentais para o acesso e a interpretação da geodiversidade, trilhas mal planejadas ou sujeitas a uso intensivo convertem-se em vetores de degradação do patrimônio geológico e geomorfológico. A discussão crítica demonstra que a compactação do solo e a ausência da cobertura vegetal, decorrentes do pisoteio, potencializam o processo erosivo – iniciado pela ação do splash e evoluindo para escoamento superficial, formação de ravinas e, por fim, voçorocas. Conclui-se que a erosão em trilhas compromete a segurança dos visitantes, a integridade do patrimônio abiótico e a própria experiência geoturística, destacando a imperativa integração de conhecimentos pedológicos, geomorfológicos e de gestão territorial para um planejamento sustentável desses corredores de acesso.

Biografia do Autor

Alessandra Barbosa Teixeira da Silva

Mestranda em Geografia, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Maria do Carmo Oliveira Jorge

Pós-doutoranda em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Antônio José Teixeira Guerra

Professor Titular do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Coordenador do LAGESOLOS.

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Publicado

24-12-2025

Como Citar

Barbosa Teixeira da Silva, A., Oliveira Jorge, M. do C., & Teixeira Guerra, A. J. (2025). Erosão dos solos em trilhas: uma revisão sistemática no contexto da geoconservação e do geoturismo. Revista Ciência Geográfica, 29(3), 1176–1189. https://doi.org/10.18817/26755122.29.3.2025.4340