Ensino de região na Geografia escolar: a operacionalização de um princípio do raciocínio geográfico

Abstract

Este artigo parte do pressuposto de que a riqueza analítica do conceito de região precisa ser defendida como ferramenta que proporciona a leitura geográfica dos espaços e fenômenos espaciais. O exercício de regionalização, ao possibilitar a criação de novas regiões e modelos regionais objetiva a visualização e a compreensão de fenômenos de repercussão espacial em diferentes escalas por meio da mobilização de ações mentais complexas. Nesta pesquisa são apresentadas três ações mentais relacionadas ao exercício de regionalização: diferenciar, classificar e representar. Seriam essas ações, isoladas ou em conjunto, princípios do raciocínio geográfico? Ou a regionalização é um desses princípios e precisa ser resgatada como tal? Acredita-se que as ações mentais associadas à regionalização são parte de um movimento que contribui para o desenvolvimento do raciocínio geográfico no ensino de Geografia. Mas esse raciocínio, porque conectado a uma ciência, é composto de princípios. É a partir desse pressuposto, e de teorias que lhe dão suporte, que se defende que a regionalização é um princípio do raciocínio geográfico.