Imperialismo 2.0 e a reestruturação global: território, infraestruturas e domínio cognitivo na era da pós-verdade
DOI:
https://doi.org/10.18817/26755122.29.4.2025.4357Palabras clave:
Imperialismo. Território reticulado. Neuroterritorialização. Seletividade espacial e infraestruturas do poder.Resumen
Este ensaio analisa como o imperialismo contemporâneo se reorganiza a partir da chamada “nova” reestruturação econômica global, com foco na seletividade territorial que caracteriza o território em rede. Argumenta-se que o domínio não se efetiva apenas por meios militares ou econômicos clássicos, mas por uma combinação de controle infraestrutural, plataformização das redes e captura cognitiva dos sujeitos, característica da era da pós-verdade. A partir das contribuições de Milton Santos, Saskia Sassen, Achille Mbembe e Byung-Chul Han, o texto propõe uma leitura crítica do espaço geográfico como nó estratégico e funcionalizado ao projeto imperialista. Aponta-se que a seletividade dos fluxos e a neuroterritorialização promovem novas formas de subordinação, mas também abrem possibilidades de resistência reticulada, reapropriação infraestrutural e construção de pactos territoriais soberanos.