A GEOECONOMIA DA CRISE PÓS 2008: FINANCEIRIZAÇÃO, TECNOLOGIA E GEOPOLÍTICA
Mots-clés :
Geografia econômica. Crise de 2008. Ciclos econômicos. Geopolítica.Résumé
O objetivo do artigo é discutir as causas e consequências geopolíticas da crise de 2008, a partir da teoria dos ciclos econômicos. Argumenta-se que que há três grandes processos para se explicar a crise numa visão mais ampla: a questão da financeirização, a questão tecnológica-industrial e a questão geopolítica. As políticas adotadas pelos países centrais desde os anos 1970 levaram à prioridade do capital financeiro, causando estagnação de inovações radicais e desindustrialização nos países centrais, com crescimento industrial do leste asiático. A desregulamentação e internacionalização do capital nos anos 1990, levaram a inúmeras crises financeiras, que culminaram na crise de 2008. Na sequência, os países centrais ampliam a pressão sobre os países periféricos, buscando novos campos de investimento para amenizar a crise e manter a hegemonia. A persistência da crise vem gerando busca por inovações radicais que abram novos setores para investimentos.