Fragmentação de habitat em remanescentes de Mata Atlântica no sul do Brasil: análise espacial baseada em métricas da paisagem
DOI:
https://doi.org/10.18817/26755122.28.2.2024.3860Palavras-chave:
Estrutura da paisagem. Bacia hidrográfica. Hotspot. Conectividade. Isolamento.Resumo
O processo persistente de retalhamento e subdivisão dos remanescentes da Mata Atlântica comprometem o Hotspot de diversidade biológica, o endemismo e os serviços ecossistêmicos indispensáveis a vida. Sob o viés da Ecologia da Paisagem, este artigo objetiva analisar a fragmentação estrutural do habitat dos remanescentes florestais de Mata Atlântica no sul do Brasil através de métricas da paisagem. O mapeamento de uso e cobertura da terra e fragmentos florestais utilizou imagens CBERS 4A/WPM, processadas a partir do QGIS 3.16, submetida as rotinas do FRAGSTATS 4.2® para cálculo dos índices de ecologia. Foram mapeados 870 fragmentos florestais com área de 15.176,06 ha, correspondendo a mais de 50% da superfície da área de estudo, com grande extensão de bordas e alto índice de retalhamento. Mais de 90% dos fragmentos são inferiores a 5 ha. A porcentagem da paisagem ocupada pelo maior fragmento da classe é superior a 85%, correspondendo aos dois grandes fragmentos centrais (>150 ha) onde estão duas importantes unidades de conservação da região. A complexidade e sinuosidade das formas apresenta trechos irregulares e subdivididos que podem ser indicativos de vulnerabilidade para os fragmentos maiores. Contudo, a alta coesão dos remanescentes está atrelada ao grande percentual de fragmentos até 75 ha.