MBA’ETU AYVU RAPYTA: LÍNGUA(GEM) E EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA NUMA PESQUISA-AÇÃO COM PROFESSORES DA ESCOLA INDÍGENA MBYA ARANDU

Autores

  • Fernanda Martins Felix Universidade Federal do Paraná https://orcid.org/0000-0003-3108-5695
  • Carina Catiana Foppa Universidade Federal do Paraná
  • Neiva Gabriel Fernandes Universidade Federal do Paraná/Secretaria de Educação do Paraná
  • Olivia Krexu Palácio Universidade Federal do Paraná/Secretaria de Educação do Paraná
  • Laércio da Silva Universidade Federal do Paraná/Secretaria de Educação do Paraná https://orcid.org/0000-0003-3108-5695
  • Sílvio de Quadros Universidade Federal do Paraná/Secretaria de Educação do Paraná https://orcid.org/0000-0003-3108-5695
  • Isaque Karai da Silva Universidade Federal do Paraná/Secretaria de Educação do Paraná https://orcid.org/0000-0003-3108-5695
  • Mayara Vieira da Silva Universidade Federal do Paraná/Secretaria de Educação do Paraná https://orcid.org/0000-0002-0213-9570

DOI:

https://doi.org/10.18817/rlj.v6i2.3036

Resumo

De forma a superar a monocultura do saber, torna-se necessária uma reforma em favor de uma Ecologia de Saberes, que diz respeito à criação de espaços epistemológicos plurais que tragam da invisibilidade os saberes marginalizados pela univocidade do pensamento colonial, como os saberes indígenas. Este trabalho realizou uma pesquisa-ação com professores da educação escolar indígena do Tekoa Araça’í, território do povo Guarani Mbya na Floresta Atlântica brasileira, que desenvolveu uma hermenêutica diatópica sobre língua(gem) e educação linguística. Tratamos as problemáticas - o que é língua(gem) e como se dá e como pode se dar a educação linguística naquele contexto - a partir de uma metodologia construída coletivamente. O principal objetivo deste trabalho consistiu em promover a emersão de saberes sobre fenômenos linguageiros e práticas de educação, especialmente linguísticas. Os dados analisados compuseram um dossiê com 17 relatórios, 11 textos multimodais, 4 entrevistas transcritas, 5 vídeos transcritos e 7 outros documentos. A análise dos dados foi realizada a partir de uma metodologia narrativa organizada por cinco filtros. Os resultados identificam saberes capazes de tangenciar dimensões sociais, identitárias, religiosas, políticas e educacionais. Eles sugerem a intrínseca conexão entre a língua guarani e o Nhandereko, o modo de vida tradicional Guarani.

Biografia do Autor

Fernanda Martins Felix, Universidade Federal do Paraná

Doutora em Letras pela Universidade Federal do Paraná, Mestra em Letras pela mesma universidade e Psicóloga pela Universidade do Vale do Itajaí. Dedico-me a pesquisas, ensino e extensão nas áreas da Linguística Aplicada, dos Estudos Culturais e da Educação, especificamente nos campos das abordagens plurais para o ensino-aprendizagem de línguas, do letramento e da ecologia de saberes.

Carina Catiana Foppa, Universidade Federal do Paraná

Carina Catiana Foppa: Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Vale do Itajaí (2003), mestrado em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Socioambiental pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2009), especialista em Dinâmica dos Grupos pela Sociedade Brasileira de Dinâmica dos Grupos (2011) e doutorado em Educação Ambiental pela Universidade Federal do Rio Grande (2015). É professora da Universidade Federal do Paraná, lotada no Departamento de Teoria e Fundamentos da Educação do Setor de Educação. Atualmente é professora permanente do Programa de Pós-graduação - Mestrado e Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento (PPGMade).

Neiva Gabriel Fernandes, Universidade Federal do Paraná/Secretaria de Educação do Paraná

Neiva Gabriel Fernandes: Graduanda em Licenciatura em Educação do Campo no Setor Litoral da Universidade Federal do Paraná. É professora da rede estadual de ensino, na Educação Escolar Indígena. Participa de projetos de Pesquisa e Extensão.

Olivia Krexu Palácio, Universidade Federal do Paraná/Secretaria de Educação do Paraná

Olívia Krexu Palácio: Graduanda em Licenciatura em Educação do Campo no Setor Litoral da Universidade Federal do Paraná. É professora da rede estadual de ensino, na Educação Escolar Indígena. Participa de projetos de Pesquisa e Extensão. 

Laércio da Silva, Universidade Federal do Paraná/Secretaria de Educação do Paraná

Laércio da Silva: Cacique do Tekoa Araca’í. Graduando em Licenciatura em Educação do Campo no Setor Litoral da Universidade Federal do Paraná. É professor da rede estadual de ensino, na Educação Escolar Indígena. Participa de projetos de Pesquisa e Extensão.

Sílvio de Quadros, Universidade Federal do Paraná/Secretaria de Educação do Paraná

Silvio de Quadros: Graduando em Licenciatura em Educação do Campo no Setor Litoral da Universidade Federal do Paraná. É professor da rede estadual de ensino, na Educação Escolar Indígena. Participa de projetos de Pesquisa e Extensão.

Isaque Karai da Silva, Universidade Federal do Paraná/Secretaria de Educação do Paraná

Isaque Karai da Silva: Graduando em Licenciatura em Educação do Campo no Setor Litoral da Universidade Federal do Paraná. É professor da rede estadual de ensino, na Educação Escolar Indígena. Participa de projetos de Pesquisa e Extensão.

Mayara Vieira da Silva, Universidade Federal do Paraná/Secretaria de Educação do Paraná

Mayara Vieira da Silva: Possui graduação em Sociologia (PUC-PR). Espexialização em Novas Alternativas Educacionais (UFPR Litoral – 2018). Atualmente é professora na rede estadual de ensino. Atua na Educação Escolar Indígena desde 2014.

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Publicado

2022-12-29

Como Citar

MARTINS FELIX, F. .; CATIANA FOPPA, C. .; GABRIEL FERNANDES, N.; KREXU PALÁCIO, O.; DA SILVA, L.; DE QUADROS, S.; KARAI DA SILVA, I.; VIEIRA DA SILVA, M. MBA’ETU AYVU RAPYTA: LÍNGUA(GEM) E EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA NUMA PESQUISA-AÇÃO COM PROFESSORES DA ESCOLA INDÍGENA MBYA ARANDU. REVISTA DE LETRAS - JUÇARA, [S. l.], v. 6, n. 2, p. 165–195, 2022. DOI: 10.18817/rlj.v6i2.3036. Disponível em: https://ppg.revistas.uema.br/index.php/jucara/article/view/3036. Acesso em: 28 mar. 2024.