PAISAGEM CULTURAL DA PIRITE ALENTEJANA: DO CONCEITO ÀS ESTRATÉGIAS CULTURAL
DOI:
https://doi.org/10.18817/26755122.26.3.2022.3084Palavras-chave:
Paisagem cultural. Estratégias territoriais.Resumo
O património industrial durante largos anos foi pouco valorizado enquanto possibilidade de valorização estratégica, dada a sua história relativamente recente, bem como a sua associação a vicissitudes operárias ou às suas implicações ambientais. De enfatizar que este recurso estratégico se entende desde a escala do objeto arquitetônico à escala territorial, como já demonstraram os designados parques patrimoniais dos EUA desde a década de 1970 e outros casos na Europa. De igual modo, documentos como a Carta de Nizhny Tagil (2003) vieram colocar em evidência o seu valor patrimonial a par de metodologias para a sua salvaguarda tendo em conta as várias escalas de intervenção. A proposta de Paisagem Cultural da Pirite Alentejana constituída pelos núcleos mineiros do Lousal, Aljustrel e S.Domingos/Pomarão, é suportada pelo Estado da Arte criado pelas experiências supramencionadas bem como pelo entendimento de paisagem cultural sob esta nova luz e o seu desenho no contexto português. A partir da análise de elementos gráficos até então desconhecidos e a criação de uma metodologia para a constituição de propostas de paisagem cultural, este projeto de investigação tem como objetivo final a sua concretização no terreno. As estratégias baseiam-se na sua divulgação, comunicação e possibilidades de spin-off em parcerias com outros centros de investigação e municípios e a criação de uma marca.