EFEITOS DA TROCA DE ÁGUA SOBRE OS ÍNDICES ZOOTÉCNICOS E QUALIDADE DOS EFLUENTES NA CRIAÇÃO INTENSIVA DO TAMBAQUI (Colossoma macropomum) EM VIVEIROS ESCAVADOS

Resumo

Nas últimas décadas, pesquisas na área da piscicultura com espécies nativas, vem sendo realizadas na Amazônia, destacando os trabalhos com o tambaqui (Colossoma macropomum), por ser uma espécie que apresenta bons índices zootécnicos em ambientes de confinamento, boa resistência ao manejo e a doenças e boa aceitação de rações. O objetivo principal desse trabalho foi caracterizar e comparar os efluentes e a qualidade da água do cultivo intensivo do tambaqui em sistemas de viveiros escavados com e sem renovação periódica de água. Para isso, juvenis de tambaqui com peso médio inicial de 118,83 ± 30,35g, foram estocados em seis viveiros escavados de 50m2 com densidade de um peixe/m2, por cinco meses (150 dias). Os peixes foram alimentados duas vezes ao dia com ração extrusada comercial contendo 28% de proteína bruta. Para isso, foram utilizados dois tratamentos, sendo Tratamento 1 (T1) em viveiros com renovação periódica de água e Tratamento 2 (T2) sem renovação periódica de água. Os parâmetros zootécnicos e de qualidade da água não apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos (p>0,05). A qualidade do efluente gerado foi a mesma, com exceção do nitrito, maior no T1. A descarga total do efluente foi maior no T1 para sólidos totais dissolvidos, DBO e nitrito. Observou-se que a renovação semanal de 20% do volume de água não tem grande influência nos parâmetros zootécnicos, na qualidade da água e dos efluentes da criação de tambaquis cultivados no sistema intensivo em viveiros escavados. Portanto a renovação de água nos moldes deste trabalho não mostra nenhuma vantagem, aumentando o consumo de água e os custos da produção.