USO DE RESÍDUOS AGRO-INDUSTRIAIS NA ALIMENTAÇÃO DE PEIXES EM SISTEMA DE POLICULTIVO

Autores

  • Jane Enisa Torelli
  • Elenise Gonçalves de Oliveira
  • Maria Lourdes Hipolito
  • Leonardo Leoncio Ribeiro

DOI:

https://doi.org/10.18817/repesca.v5i3.269

Palavras-chave:

Peixes, sistema de policultivo, produtos hortifrutigranjeiros, ração alternativa

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo avaliar a viabilidade do uso de ração elaborada com resíduos agro-industriais na alimentação de tilápia nilótica (Oreochromis niloticus), tambaqui (Colossoma macropomum) e carpa comum (Cyprinus carpio), conduzido em 12 tanques de alvenaria (2,0x1,0x0,90m), situados no Departamento de Zootecnia do Centro de Ciências Agrárias da UFPB, Areia, PB, mantidos em regime de policultivo, em 60 dias de cultivo. Das espécies foram selecionados 12 lotes de indivíduos, que foram pesados em conjunto para determinação da biomassa inicial, e para determinação do comprimento total (mm) e altura do corpo (mm), e posteriormente, a determinação da composição centesimal. O fornecimento das rações aos peixes no período pré-experimental, foi feito no regime ad libitum, e em seguida, passando a ser administrada na proporção de 10% da biomassa estocada em cada tanque, com 2 reajustes estimada a partir do ganho de peso diário dos peixes. Com a despesca, 50 % dos peixes foram contados, pesados (lote/tanque), para determinação da biomassa final e análises da composição centesimal. Os tratamentos experimentais consistiram de três rações, (R1) ração comercial e (R2) ração elaborada com a varredura de cevada, restos de hortifrutigranjeiros, raspa de mandioca, farelo de coco, sangue in natura (R3) alem dos ingredientes citados para a ração anterior, é incrementado a farinha de carne, sendo complementadas com fosfato bicálcico e premix mineral e vitamínico nas duas rações elaboradas. Os resultados obtidos mostraram que as espécies apresentaram bom desempenho nas três rações testadas, e recomenda-se a viabilidade do uso de subprodutos de origem agropecuária na formulação de dietas para peixes, podendo desta forma, diminuir o desperdício de alimentos, o impacto ambiental provocado por alguns deles e, ao mesmo tempo, melhorar a oferta de alimento de origem animal e a produção de pescado em locais onde há dificuldade de adquirir rações elaboradas ou ingredientes tradicionais.

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Publicado

2010-10-06

Edição

Seção

Artigos