Dentre as formas de alimento natural disponíveis aos animais cultivados em viveiros destacam-se as microalgas, o zooplâncton, além da comunidade bêntica. Os camarões peneídeos são classificados como onívoros, alimentando-se de fitoplâncton e de zooplâncton nas fases larvais. Este trabalho objetivou descrever os principais grupos do zooplâncton em viveiros de camarão marinho utilizando dois protocolos de fertilização. O experimento foi conduzido em uma fazenda de camarão marinho no Município de Goiânia, Pernambuco, Brasil,
comparando dois tratamentos: o tratamento 1 (nitrato de sódio enriquecido com fósforo, silicato, boro, magnésio, enxofre e potássio), e o tratamento 2 (uréia, superfosfato triplo e silicato). A densidade de cada tratamento foi de 35 camarões/m2. O zooplâncton foi semanalmente coletado, desde o povoamento até o final do ciclo de cultivo. As amostras foram coletadas verticalmente com rede de plâncton de 65 micrômetros e posteriormente armazenadas em garrafas de 250mL, fixadas com formol tamponado a 4%. Para análise dos
dados, aplicou-se o teste estatistico t (P<0,05). A densidade média de cladóceros (87,22 org.L-1) foi significativamente maior no tratamento 2. As densidades médias dos rotíferos e copépodos não apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos. Foi encontrada maior percentagem de copépodos (66,95% e 41,42%), seguidos de rotíferos (32,61% e 53,12%) e cladóceros (0,43% e 5,45%) para os tratamentos 1 e 2,
respectivamente. Ocorreu uma maior densidade de zooplâncton quando o protocolo de fertilização utilizado
tinha a uréia como fonte de nitrogênio.