ANÁLISE DA PREDAÇÃO DE Notonecta sp. SOBRE JUVENIS DE TILÁPIA, VARIEDADE “QAAT 1”

Autores

  • José Patrocínio LOPES
  • Kariny Barbosa SIQUEIRA
  • Lyza Crysthiane F. OLIVEIRA
  • Jéssica Thatiane Moreira BRITO

DOI:

https://doi.org/10.18817/repesca.v2i2.55

Palavras-chave:

Mortalidade, Oreochromis niloticus, Larvas, Pós-Larvas, Alevinos

Resumo

Com o represamento do rio São Francisco, pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF), para o aproveitamento do seu potencial hidroelétrico, houve a formação de lagos artificiais, o que possibilitou o desenvolvimento da aqüicultura na região de Paulo Afonso, Bahia. A piscicultura com o cultivo de tilápia é o ramo da aqüicultura que mais se difundiu no sertão baiano. Entretanto, vários problemas relacionados a doenças e a predadores vêm acarretando uma série de prejuízos econômicos aos piscicultores, levando até à inviabilização de alguns empreendimentos. Dentre esses problemas, destaca-se a predação das larvas, pós-larvas e alevinos de peixes por ninfas de insetos, o que tem constituído um grande problema, comum não só no Brasil, mas também em outros países. O presente trabalho tem como objetivo verificar a predação da noctonecta (Noctonecta sp.) em larvas, pós-larvas e alevinos de Oreochomis niloticus variedade “QAAT 1”, durante os primeiros 30 dias de cultivo. O experimento foi realizado na Estação de Piscicultura de Paulo Afonso (EPPA), pertencente à CHESF, no período de 19 de outubro a 18 de novembro de 2005. As larvas de tilápias foram estocadas em incubadoras, em três tratamentos e quatro repetições, cada um. Logo após, foram introduzidas as notonectas, visando observar a predação deste inseto sobre as tilápias e a influência do comprimento deste peixe na predação. Diante dos resultados obtidos, pode-se afirmar que este inseto aquático é capaz de infligir perdas significativas no cultivo de tilápias nas fases de larvas, pós-larvas e pequenos alevinos até o comprimento médio de 11 a 12 mm. A maior incidência de predação do inseto em larvas de tilápias ocorre quando o predador e a presa apresentam comprimentos equivalentes.

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Publicado

2009-04-09

Edição

Seção

Artigos