EVOLUÇÃO HISTOPATÓLOGICA EM BRÂNQUIAS DE TAINHAS Mugil liza EXPOSTAS À BANHOS TERAPÊUTICOS COM FORMALINA

Autores

  • Tamyris RAMOS Universidade Federal do Rio Grande - FURG
  • Luis Alberto ROMANO Universidade Federal do Rio Grande - FURG
  • Joaber PEREIRA JR. Universidade Federal do Rio Grande - FURG

DOI:

https://doi.org/10.18817/repesca.v7i1.1064

Palavras-chave:

Aquicultura, Ectoparasitos, Histopatologia, Formalina

Resumo

A formalina é eficaz na eliminação de ectoparasitos de peixes e sua utilização ainda é discutida devido às alterações histológicas ocasionadas nas brânquias. Em tainhas, Mugil liza , a formalina é capaz de eliminar Monogenoidea, porém podem ocorrer lesões histológicas. Esse estudo testou concentrações de formalina consideradas eficazes na eliminação de ectoparasitos (60, 90, 120 e 150 mg/L de formalina à 37% e um controle) para observar a ocorrência de alterações histológicas. Juvenis de tainhas foram obtidos da natureza e, após aclimatação, foram submetidos à banhos de uma hora com as concentrações de formalina descritas acima. Após os banhos, os peixes foram mantidos durante duas semanas (experimento I) e quatro semanas (experimento II) em 15 tanques (3 réplicas por tratamento) de 12 L com água com salinidade e parâmetros controlados. Amostras foram retiradas antes do tratamento (n=5) e 24 hs, 1, 2, 3 e 4 semanas após os banhos (n= 9 por tratamento). Após preparação histológica das amostras de brânquias, foi observado que todos os animais tratados apresentaram alguma alteração histológica, assim como os animais do controle e da aclimatação. As lesões encontradas nos peixes tratados foram relacionadas com o uso de formalina. Observaram-se hiperplasia (leve à grave), telangiectasia, desprendimento do epitélio respiratório e necrose. As lesões agravaram-se ao longo do tempo e com o aumento das concentrações durante os dois experimentos e, na terceira e quarta semanas posteriores ao banho, todos os peixes estavam parasitados por monogenóides, sugerindo uma possível re-infestação. A possibilidade de um segundo banho deve ser estudada entre as concentrações de 60 e 90 mg/L de formalina na tentativa de impedir a re-infestação e para observar se, esse tipo de medida profilática, pode interferir na integridade e sobrevivência dos peixes tratados.

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Publicado

2016-05-24

Edição

Seção

Artigos